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ENCONTRO 8

30/04 - quinta-feira:

No estúdio de pintura da UDESC, no horário de 09:00 as 12:00hs. 

Conteúdo: Café da manhã com José Maria Dias da Cruz

Artista e links de referência: 

https://www.facebook.com/jm.d.dacruz?fref=ts

http://josemariadiasdacruz.com.br/livros/

 

O Artista

“O artista não é um ego, é um eco”. Nada mais pertinente que utilizar esse pensamento do próprio José Maria Dias da Cruz para apresentá-lo. Nascido no Rio de Janeiro em 1935, filho do escritor Marques Rebelo, que colocou o filho em contato com importantes artistas: Iberê Camargo, Pancetti, Milton Dacosta, Tarsila do Amaral, Santa Rosa e outros.

José Maria Dias da Cruz iniciou suas atividades artísticas em Santa Catarina com apenas 12 anos de idade, ano em que já participou de sua primeira exposição, na coletiva que deu origem ao primeiro Museu de Arte Moderna do Brasil no ano 1948, fundado por seu pai, que foi sem dúvida um dos maiores incentivadores das artes plásticas no pais na década de 40 e 50.

José Maria Dias da Cruz obteve orientações de Thomás Santa Rosa e através de uma bolsa oferecida pelo Itamarati e o governo francês foi morar em Paris onde recebeu orientação de Emílio Pietorutti, em pintura, e de gravura com o fotógrafo e artista Lee Friedlander. Além dos professores que o orientaram, escutou muito Pancetti, Milton Dacosta Iberê Camargo, Di Cavalcanti entre outros mestres que frequentavam a casa de seu pai.

Considerado um dos maiores estudiosos de cor, José Maria criou teorias nunca antes apontados na História da Arte. A imensa carga teórica e intelectual com a qual manuseia tintas e pincéis, deram origem há três publicações e mais de três décadas lecionando nas mais respeitadas escolas de artes do Brasil. Por sua sala de aula passaram gerações de artistas como Carlos Bevilacqua, BobN, entre outros. Com Gonçalo Ivo, que o procurava para uma orientação, mantém intensa amizade e hoje ele é o seu maior colecionador com mais de 150 obras. Entre seus interlocutores cita-se principalmente Luiz Camillo Osório, Milton Machado, Guilherme Bueno e Ricardo Simões. Recentemente a artista Beatriz Milhazes declarou em entrevista a Revista Vogue que José Maria Dias da Cruz é o artista que mais investiga a percepção das cores no Brasil.

Em 1998, foi realizada uma retrospectiva de sua obra no Paço Imperial, que foi considerada pelo jornal O Globo umas das 10 exposições mais importantes realizada naquele ano no Rio de Janeiro. Em enquete realizada pelo Jornal do Brasil, JMDC foi citado entre os 70 artistas brasileiros mais importantes no do século XX.

Com mais de 60 anos de pintura, o artista possui obra nos principais acervo públicos do país, tais como MAC Niteroi; MAR Rio de Janeiro; MASC Florianópolis; MAM São Paulo; e em importantes coleções como Luis Chrisóstomo, Gilberto Chateaubriand e João Satamini.

O artista inicia até o final de 2014 o projeto de catalogação de obra.

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