CURSO DE FORMAÇÃO ESTÉTICA PARA ESTUDANTES DE LICENCIATURA E PROFESSORES
DATAS: 06, 13, 20 e 27 de março e 03, 10, 17 e 24 de abril no ateliê de pintura do DAV (UDESC).
Como ideia inicial, traz-se a imagem do Uróboro: uma serpente que morde a própria cauda e simboliza um ciclo de evolução encerrado nela mesma. Serão oito encontros, voltados para professores e estudantes de licenciaturas de qualquer área do conhecimento. Essa formação será um tipo de experiência a se dar, no professor ou licenciando, tanto no pensamento quanto no corpo vivido: a partir de proposições estético-artísticas em Artes Visuais. As proposições serão todas pensadas na dimensão poética do conhecer – ancorada na tríade: Experiência Estética, Conhecimento, Formação Humana.
A maneira de pensar a formação, e a forma de trabalhar junto aos participantes nestes encontros, é parte da Filosofia da Experiência e da Filosofia da Educação Estética, pautada nos pensamentos de John Dewey, Maxine Greene e Merleau-Ponty. A formação também adota o modo de pensar as Artes Visuais e a poesia do filósofo francês Gaston Bachelard, como também partilha de pensamentos da psicanálise sobre Artes Visuais, Educação e Condição Humana.
A metodologia está pautada nos princípios da Educação Estética e das experiências que ressoarão dos exercícios-reflexivos-estéticos utilizando a colagem como linguagem, propostos durante os encontros – não focando exclusivamente em princípios psico-pedagógicos, ou de repertorização do educador pensando nestes exercícios para sua rotina de sala de aula. O trabalho com os participantes será de enriquecimento de referencias culturais, sociais, simbólicas, poéticas, estéticas e pessoais sobre a sua condição enquanto professor, futuro professor, estudante, sujeito.
OBJETIVO
Pensar a interface entre as experiências produzidas no espaço do ateliê e a formação estético-artística enquanto natureza reflexiva do ser humano. Trata-se de compreender em que sentido, no espaço do ateliê, essa natureza estética-reflexiva do ser humano, quando ele se relaciona com o campo das Artes Visuais, que consciência de si e do mundo surge. O que implica praticar exercícios estéticos para a docência, como é que estes (futuros) profissionais experienciam e, em que termos, por conta de sua literalidade ou literatura, estas práticas poéticas são reinvenções dessa instituição, que chamamos de formação docente.
Cronograma
Parte I – Travessias entre Artes Visuais e Educação
Exercícios com colagem (Ser/Estar Professor Criativo-reflexivo);
Reflexões acerca da teoriaxprática;
Colagens possíveis:Cartografias estéticas e cartografias docentes
Parte II – Por que uma Educação Estética?
Pensar a prática estética na docência;
Sobre o ensino e a aprendizagem da imaginação estética.
Bibliografia básica
DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010
GREENE, Maxine. Variations on a blue guitar: the Lincoln Center Institute Lectures on aesthetic education. New York: Teachers College, 2001
Merleau-Ponty, Maurice. Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes, 2006
Sobre o ministrante: FÁBIO WOSNIAK: Doutorando em Artes Visuais na Linha de Pesquisa de Ensino das Artes Visuais - PPGAV/UDESC; Mestre em Artes Visuais na Linha de Pesquisa de Ensino das Artes Visuais - PPGAV/UDESC; Pedagogo S.E./2012 FAED/UDESC; Psicanalista; Vice-Coordenador da Rede de Educadores de Museus de Santa Catarina - REM/SC (Gestão 2013-2015), membro/pesquisador do Grupo de Pesquisa Entre Paisagem (UDESC/CNPQ) e integrante do Grupo de Estudos Estúdio de Pintura Apotheke (UDESC). atuando principalmente nos seguintes temas: Arte Educação, Arte e Pedagogia, Formação Docente em Artes Visuais.
Idealização e organização: Professora Dra. Jociele Lampert e Estúdio de Pintura Apotheke