Há rotas subversivas no campo da Arte. Entre Brasil e Portugal, há caminhos investigativos no contexto da linguagem pictórica que estabelecem aproximações e disparidades. A articulação entre ensino, pesquisa e extensão na Universidade tem gerado estas rotas em reciprocidade, indicando percursos abertos aos artistas e investigadores, envolvidos em traçar suas cartas, mapas, acessos e caminhos, por meio do que denominamos, experiência. São condições poéticas que geram, composições disruptivas, interlocuções pictóricas, intervenções e alterações no uso da cor, ou mesmo, contraste entre familiar e estranho, narrativas fragmentadas entre o simbólico e as alegorias, assim como, o uso de imagens ambíguas, crítica cultural e a inversão de papeis, desestabilizando realidades e desafiando as convenções, por meio de técnicas, ferramentas e processos artísticos.

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É como se cada um de nós,pudéssemos escolher cenários para estar pontualmente, ou mesmo, para permanecer. A experiência ocorre depois de acontecimento, e é a tessitura para a construção das metáforas e invenções que cada artista ativa em seu percurso. É no encontro com o Outro, que tracejamos pontos que nos aproximam em horizontes, quando mar e terra encontram-se, fundem-se em paisagens imaginadas, evidenciadas pela cor, pelo timbre rítmico da cultura visual. Criamos visualidades e presentificamos a pintura por meio da linguagem artística e seus projetos de trabalho.

Nestas rotas há conversas, diálogos e encontros, por meio de abordagem metodológica da pesquisa em arte,mas também, há conexões possíveis, entre escuta praticada e gramática referenciada. Entre paisagens silenciosas e ensurdecedoras, entre águas, entre ninhos, entre frestas e porque não,entre as tintas e a arte educação. Neste conjunto de estudos não há sobreposições, e sim, justaposições, onde artistas e investigadores colaboram em ações que acrescentam, dinamizam e instauram outros modos (e tempos) de aproximação.